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O choro é uma forma de música que se cristaliza e se mantém relativamente intacta mesmo em regiões distantes, guardando em comum não apenas o repertório, mas também o jeito de tocar, o virtuosismo e ironia. Talvez isso explique e justifique nosso impulso em registrar essas pequenas nuances de algumas regiões, num, tipo de música que se pauta pela tradição, que se reserva o direito e prazer de tocar juntos pela empatia e a reverência aos mestres. O porquê dessas semelhanças, as características dessa música (híbrida da tradição da música ligeira europeia com as manifestações e festas populares brasileiras) e suas relações com os grupos (fanfarras e bandas) regionais pela tradição oral, é o que pretendemos explorar através da biografia e histórico musical pessoal dos chorões: seus pais também tocavam, onde aprenderam...

Queremos conversar com essas pessoas que vivem dentro desses redutos musicais, isolados dos grandes centros culturais, responsáveis pela perpetuação da identidade musical brasileira, escondidos nos cantos do Brasil que poucas vezes são vistos, sua imagem projetada ao mundo é sonora. Mostrar o corpo físico do Choro. Esses intérpretes que passam a vida no anonimato visual, seus

admiradores veneram suas músicas e interpretações e ao

cruzarem com eles na rua, não sabem quem são. Mostrar o Chorão, como e onde ele vive, o que ele pensa e sente, alterando a maneira como ele se relaciona com seu público: um sorriso envergonhado, poucas ou muitas palavras, daquele que sempre dialogou com o mundo através da música.

Foi pensando em tudo isso que veio a ideia de fotografar quem retrata o país através das lentes de suas câmeras sonoras: seus instrumentos. Mas para nós, o choro é poético demais para ser captado apenas pela lente de uma máquina... Por que não desenhá-lo com cores, texturas e liberdade? Misturar as percepções, as vivências, que assim como o país com suas milhares de janelas e paredes, dentro das quais vivem milhares de pessoas com seus gostos, desgostos e anseios.

Registrá-los pelos diferentes olhares de artistas que vislumbram a vida através de seu ângulo de visão: um fotógrafo, um ilustrador, um músico e uma contadora de história que tem em comum a vontade de se comunicar e de amarem a língua sonora do Brasil: a música. Cada um desses profissionais é capaz de registrar uma faceta do Choro e dos Chorões. Por que um livro sobre Choro? Além da nossa forte ligação eclética com as raízes e a música brasileira, quem não gostaria de saber: Por Que Choras?

Por Que Choras?

Profissionais envolvidos

Domingos Elias

Renata Campos

Montalvo Machado

Pedro Abude

Vejam só como ecoam os sons do Brasil...

Saiba mais sobre o projeto 

Recebemos o convite especial de Maria Inês Guimarães, pianista brasileia e diretora do                                                             para levarmos o projeto "Por Que Choras?"  - a exposição e o show musical - para XIII FESTIVAL E ENCONTRO INTERNACIONAL DE CHORO DE PARIS e da                                         em Xangai do brasileiro Marcos Caramuru de Paiva  Levar esse registro da realidade brasileira do Choro, para cenários tão diferentes e longínquos, mas que também “choram”, nos pareceu muito interessante. Vejam só como ecoam os sons do Brasil! Com nossos ritmos e nossas cores... O que nos falta aos “dedos”, sobra no coração...

Clássicos no Choro

À primeira vista denota um típico concerto de música clássica. Apenas à primeira vista. Na verdade, o espetáculo CLÁSSICOS NO CHORO trata-se do encontro de dois grupos alinhados pelo caráter da versatilidade musical e do talento técnico instrumental: de um lado uma Orquestra de Cordas com Solista e Regente do outro um Regional de Choro: Violão de sete cordas, Cavaco e Pandeiro.

Desde o início, um dos principais ideais do projeto era o de quebrar as barreiras ilusórias que separam as diversas vertentes musicais, mostrando que, assim como dizia o compositor brasileiro de origem alemã Koellreutter :

“Música é música, as pessoas é que são eruditas (ou não)”.

Dessa maneira, escolhemos os  compositores: RADAMÉS

GNATTALI e GUERRA VICENTE, por produzirem uma música sem fronteiras, compositores que viveram na mesma época e integram as faces clássicas e populares ou tradicionais da música.

Essa separação da música instituída nas sociedades mundiais, deu origem ao nome do espetáculo, que faz uma brincadeira entre a presença de dois Clássicos da Música Brasileira, no sentido de dois grandes nomes de nossa música e ao mesmo tempo ironizando essa  divisão da música,  justificando então o nome do projeto: CLÁSSICOS NO CHORO

Um de nossos objetivos é mostrar a diversidade e a riqueza de cores sonoras capazes de surgir dessa miscigenação entre os instrumentos de uma orquestra sinfônica e instrumentos da música popular brasileira.

Regional de Choro

Luizinho 7 Cordas

Edinho do Pandeiro

Andrezinho do Cavaco

Solistas

Domingos Elias

Aleh Ferreira

Profissionais envolvidos

Orquestra

Saiba mais sobre o projeto 

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